Os Japoneses têm uma palavra chamada “dantotsu” que significa lutar para tornar-se o “melhor do melhor”, com base num processo de alto aprimoramento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos concorrentes.

Esse conceito enraizou-se numa nova abordagem de planejamento estratégico.

Durante a última década, ele tem produzido resultados impressionantes em companhias como a Xerox, a Ford e a IBM e é conhecido como Benchmarking.

Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes.

É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas “companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva.

Benchmarking é…Benchmarking não é…
um processo contínuoum evento isolado
uma investigação que fornece informações valiosasuma investigação que fornece respostas simples e “receitas”
um processo de aprendizado com outroscópia, imitação
um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplinarápido e fácil
uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processomais um modismo da administração

Benchmarking surgiu como uma necessidade de informações e desejo de aprender depressa, como corrigir um problema empresarial.

A competitividade mundial aumentou, acentuadamente nas últimas décadas, obrigando as empresas à um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando oferecer alta qualidade com baixo custo e assumir uma posição de liderança no mercado onde atua.

Na maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos e serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas presas aos seus próprios paradigmas.

Na aplicação do Benchmarking, como todo o processo, é preciso respeitar e seguir algumas regras e procedimentos para que os objetivos sejam alcançados e exista uma constante melhoria do mesmo.

Neste processo existe um controle constante desde sua implantação (plano do processo) até a sua implementação (ação do processo).

A empresa interessada em implantar benchmarking deve analisar os seguintes fatores: ramo, objetivo, amplitude, diferenças organizacionais e custos, antes da definição ou aplicação do melhor método, pois cada empresa individualmente tem as suas necessidades que devem ser avaliadas antecipadamente à aplicação do processo.

Outra vantagem do benchmarking é a mudança da maneira de uma organização pensar sobre a necessidade para melhoria.

Benchmarking fornece um senso de urgência para melhoria, indicando níveis de desempenho atingidos previamente num processo de parceiro do estudo.

Um senso de competitividade surge à medida que, uma equipe, reconhece oportunidades de melhorias além de suas observações diretas, e os membros da equipe tornam-se motivados a se empenhar por excelência, inovação e aplicação de pensamento inovador a fim de conseguir sua própria melhoria de processo.

É necessário que as organizações que buscam o benchmarking como uma ferramenta de melhoria, assumam uma postura de “organização que deseja aprender com os outros” para que possa justificar o esforço investido no processo, pois essa busca das melhores práticas é um trabalho intensivo, consumidor de tempo e que requer disciplina.

Portanto, benchmarking é uma escola onde se aprende à aprender.

Saber fazer e adaptar benchmarking no processo da organização pode nos permitir vislumbrar oportunidades e também ameaças competitivas, constituindo um atalho seguro para a excelência, com a utilização de todo um trabalho intelectual acumulado por outras organizações evitando os erros é armadilhas do caminho.


Mais do que uma palavra mágica, o benchmarking é um conceito que está alterando consideravelmente o enfoque da administração, onde o mesmo é composto de atributos que determinarão o sucesso ou ainda a sobrevivência das empresas.

A área de Recursos Humanos pode aplicar o benchmarking para obter respostas a questões como:

  • Como “aprender” a realizar mudanças de sucesso nos seus próprios processos de trabalho. O que priorizar?
  • Como realizar projetos considerados bem sucedidos ou exemplares, conhecidos em inglês como “best practices”.
  • Que desafios o time gerencial enfrentará para implantar as mudanças necessárias?
  • Que ferramentas de gestão os nossos concorrentes já implantaram com sucesso? Que aspectos priorizaram?
  • Que resultados os líderes da empresa estão obtendo em relação aos investimentos em modernização?

A adoção de uma metodologia estruturada de benchmarking pode ser extremamente útil na facilitação deste processo de troca e interação, possibilitando a mensuração, análise e comparação das práticas adotadas pela área de Recursos Humanos das organizações.

Os profissionais de Recursos Humanos ao empregar o benchmarking como uma ferramenta de desenvolvimento da Gestão de RH, adquirem conhecimentos importantes para aperfeiçoar seus processos de trabalho, sem ter que “reinventar a roda”.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *