Considerando as teorias motivacionais modernas, dentro da Teoria Bahaviorista, que podemos considerar um aperfeiçoamento da Teoria das Relações Humanas, encontramos duas teorias que são extremamente importantes para compreendermos o mecanismo de motivação do ser humano, são elas: a “Hierarquia das Necessidades”, de Maslow, e os “Fatores de Higiene-Motivação”, de Herzberg.

Associando a teoria de Maslow e Herzberg à nossa questão de salário, como fator de motivação, observamos que, indiretamente, o salário contribui, é o pano de fundo, podemos compreender que o salário está tão intimamente ligado à satisfação das necessidades humanas.

As pessoas desejam dinheiro porque este permite-lhes não só a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança, mas também dá plenas condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de autorrealização.

Portanto, o dinheiro é um meio e não um fim. O salário não é fator de motivação quando analisado isoladamente.

A troca fria de produção por salário não gera satisfação ao funcionário, é apenas recompensa justa pelo seu trabalho e o funcionário busca a garantia de sua sobrevivência.

Diante disso, a empresa deve ver o salário como função agregada de motivação e procurar utilizá-lo como um instrumento a mais na compatibilização dos objetivos organizacionais e pessoais.

Para ter pessoas integradas, produtivas e ambiente motivador na organização, são necessários planos adequados de Recursos Humanos.

Considero como plano básico, o carro-chefe, o PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS, porque sem ele dificilmente os demais planos de desenvolvimento funcionam.

As pessoas creem que seu desempenho é, ao mesmo tempo, possível e necessário para obter mais dinheiro. Desde que as pessoas creiam haver ligação entre diferenças de remuneração e de desempenho, o salário poderá ser um excelente motivador.

Sabemos que salário não é o único componente remuneratório de contraprestação do trabalho.

Existem também os benefícios, que acabam se somando e compondo a chamada remuneração, bem como poderão existir outras verbas de crédito, como, por exemplo, remuneração variável, bônus, gratificações, etc.

Existem diversas maneiras de definir o termo salário, dependendo de sua forma de aplicação ou como ele se apresenta para o funcionário ou para o empregador.

Algumas das principais definições sobre o termo SALÁRIO são:

Tipo de salárioDefinição
  Salário mínimoÉ fixado em lei, para todo trabalhador; é o valor mínimo que pode ser pago a um trabalhador no país. É o valor mais baixo que o empregador pode pagar para seu empregado.
  Salário ProfissionalAquele fixado por Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ou Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou lei federal como o mínimo que pode ser pago a determinada profissão.
  Salário nominalÉ aquele que consta na ficha de registro, na carteira profissional e em todos os documentos legais. Pode ser expresso em hora, dia, semana, mês.  
  Salário efetivoÉ o valor efetivamente recebido pelo empregado, já descontadas as obrigações legais (INSS, IRRF, etc).    
  Salário normativoÉ aquele fixado em sentença normativa proferida em dissídio coletivo pelos tribunais da Justiça do Trabalho.    
  Salário complessivoÉ o que tem inserido no seu bojo toda e qualquer parcela adicional (hora extra, adicional, etc).    
  Salário substituiçãoÉ aquele pago ao empregado que substitui outro empregado de padrão salarial mais elevado, desde que a duração da substituição seja previsível e não incerta ou ocasional. (Súmula 159 do TST)
Tipo de salárioDefinição
    Salário In NaturaÉ toda utilidade fornecida ao empregado como um plus, ou seja, gratuitamente. Nesse sentido pode-se dizer que as utilidades salariais são aquelas que se destinam a atender às necessidades individuais do empregado, de tal modo que, se não as recebesse, ele deveria despender parte de seu salário para adquiri-las. Tem que ser com caráter habitual.
  Salário relativoÉ quando o profissional compara sua mesma função e ganho com outro profissional da mesma área em outra empresa.  
  Salário absolutoÉ o montante que o empregado recebe, líquido de todos os descontos, e que determina o seu orçamento.    

Vale a pena lembrar o pensamento de William B. Werther – “Quando a remuneração é feita corretamente, os empregados têm mais probabilidade de estar satisfeitos e motivados para com os objetivos organizacionais”.

Surpreendentemente muitos funcionários e empregadores pouco sabem a respeito de planejamento de carreira.

Frequentemente não estão conscientes da necessidade e das vantagens desse planejamento.

E uma vez conscientes, frequentemente falta-lhes a informação necessária para que tenham sucesso em seu planejamento. “Salário é fator motivador” – e agora o que você usa para terminar essa frase, ponto final ou interrogação?

“Salário é fator motivador?” Essa simples afirmação desafia a percepção convencional sobre remuneração e desempenho.

Mas o que realmente impulsiona as pessoas além do simples recebimento financeiro?

E como as empresas podem aproveitar essa compreensão para criar ambientes de trabalho mais produtivos e gratificantes?

Imagine uma abordagem em que o salário não seja apenas uma troca monetária pelo tempo gasto, mas sim uma peça fundamental em um intrincado quebra-cabeça motivacional.

Desde as teorias clássicas de Maslow e Herzberg até as práticas modernas de gestão de recursos humanos, emerge uma narrativa fascinante sobre a interseção entre compensação e realização pessoal.

À medida que mergulhamos nesse universo de necessidades humanas, descobrimos que o salário, longe de ser um fim em si mesmo, é um meio para atingir uma série de metas intrínsecas e sociais.

Ele não apenas garante a segurança física e material, mas também alimenta a autoestima, a conexão social e até mesmo o crescimento pessoal.

No entanto, essa compreensão só se torna verdadeiramente poderosa quando se integra à prática empresarial.

O salário não pode ser visto isoladamente, mas sim como parte de uma estratégia mais ampla de engajamento e desenvolvimento dos colaboradores.

É aqui que entra o papel crucial do planejamento de carreira, dos benefícios adicionais e de uma cultura organizacional que valoriza o potencial humano.

Então, volto à pergunta inicial: “Salário é fator motivador?”

Talvez a resposta não seja um simples ponto final, mas sim uma provocação para explorar novas perspectivas, desafiar suposições arraigadas e buscar uma abordagem mais holística para o engajamento no local de trabalho.

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